A Pegop, que tem a seu cargo a operação e manutenção das centrais termoelétricas a carvão e a gás natural do Pego, na região de Abrantes, é a empresa vencedora da mais recente edição das “1000 PME”. Esta iniciativa anual da revista “Exame”, em parceria com a Informa D&B e a Deloitte, distingue, desde 1995, as melhores pequenas e médias empresas do país.
O grande prémio foi entregue ao administrador da empresa, José Grácio, esta terça-feira, num almoço na Caixa Geral de Depósitos, patrocinadora do evento. “Estão no Pego a central a carvão e a central a gás mais modernas da Península Ibérica”, afirmou o gestor no seu discurso de aceitação do prémio. Além de ser distinguida como “PME do Ano”, a Pegop também venceu no seu sector de atividade, Água, Eletricidade e Gás — um dos 22 sectores que foram analisados pelo estudo (ver Galeria das Vencedoras).
Em 2016, ano que a 23ª edição das “1000 PME” analisa, a Pegop registou um volume de negócios de €20,7 milhões. Apesar de uma quebra de quase 3% na faturação face ao ano anterior, a empresa manteve lucros estáveis, que ascenderam a €5,6 milhões.
Nascida em 1993, a Pegop emprega 123 trabalhadores. E tem pautado a sua existência pela estabilidade do negócio. O que não é de estranhar: as suas centrais a carvão e a gás natural, que não têm a intermitência das fontes renováveis e, por isso, são a tradicional base do diagrama de carga da rede elétrica, foram responsáveis, em 2016, pela produção de 10% da energia elétrica consumida em Portugal. Já este ano, devido às condições de seca no país, com a produção hídrica a afundar-se, as centrais do Pego garantiram uma fatia de “20% do total da energia elétrica consumida”, explicou José Grácio.
No ano passado, o conjunto das “1000 PME” alcançou um volume de negócios total de €18,6 mil milhões, a que corresponderam resultados líquidos de praticamente €554 milhões. Um ano de bom desempenho financeiro, portanto, já que estes números refletem um crescimento da faturação de 8,5%, enquanto os lucros aumentaram uns significativos 16,9%.
Cerca de 72% das “1000 PME” aumentaram o seu volume de negócios entre 2015 e 2016. E quase 92% das empresas que constam neste ranking obtiveram lucros. Assim, ao contrário do universo das “500 Maiores & Melhores Empresas”, cujo volume de negócios apenas subiu 1,1% entre 2015 e 2016, as pequenas e médias empresas nacionais conseguiram ganhar maior dinâmica de crescimento.
Um desempenho que, naturalmente, influenciou a criação de emprego. Enquanto o panorama nacional viu um crescimento de apenas 1,6% na taxa de emprego em 2016, o cenário no conjunto das “1000 PME” foi mais auspicioso, com um incremento de 5,7% entre 2015 e 2016. No total, este milhar de empresas empregou 75.256 pessoas no ano passado.
Para conhecer ao pormenor o desempenho financeiro das melhores empresas portuguesas, consulte a edição de janeiro de 2018, já nas bancas.
Galeria das Vencedoras
Agro-Indústria: Pedro França
Água, Eletricidade e Gás: Pegop
Celulose e Papel: Sebastião & Martins
Comércio e Retalho: Visão do Tempo II
Comércio de Veículos Automóveis: Auto-Viação Micaelense
Comércio Eletro-Eletrónico: Divultec
Comércio por Grosso: Barros, Filho
Construção: Cidade das Rosas
Distribuição Alimentar: Ignoramus
Distribuição de Combustíveis: Gascombgest
Edição, Informação e Artes Gráficas: Costa Guerreiro
Hotelaria e Restauração: Imobimacus
Indústria Automóvel: Jacinto Marques de Oliveira
Madeira, Cortiça e Móveis: Movecho
Material Elétrico e de Precisão: Riox
Metalomecânica e Metalurgia de Base: Mundiperfil
Minerais Metálicos e Não-Metálicos: Jade-Creaction
Produtos Farmacêuticos: Medinfar Consumer Health
Química: Bourbon Automotive Plastics
Serviços: Riometais
Textêis, Vestuário e Couro: Carcemal
Transportes e Distribuição: Portsines
Números
22
foram as empresas distinguidas na 23ª edição
das “1000 PME”, as melhores nos seus respetivos sectores
18,6
mil milhões de euros
foi o volume de negócios
total das “1000 PME”
em 2016, um número
que traduz um crescimento
de 8,5% face ao ano anterior
72%
das PME neste ranking
viram a sua faturação aumentar entre 2015 e 2016
75
mil é o número
de trabalhadores
que o conjunto das
“1000 PME” emprega
Textos originalmente publicados no Expresso de 23 de dezembro de 2017